4 de out. de 2011

Castlevania - Lament of Innocence




Ano de Lançamento: 2004.
Desenvolvedora: Konami.
Gênero: Ação/Adventure.





maldições na saga Castlevania vão muito além da de Drácula, outra muito maior se abate na franquia, a de que ela nunca dará certo no universo 3D. Essa brincadeira começou em 1999, quando saiu à versão N64 de Castlevania para o console da Big N. O resultado foi um dos títulos mais desastrosos para o Nintendo 64, nem mesmo sua continuação (Castlevania – Legacy of Darkness) conseguiu tirar a imagem ruim do game. Para completar, o game Castlevania Ressurection, que seria lançado para o Dreamcast foi cancelado sem motivos muito bem explicados (embora o previsto fracasso do console seja a explicação mais coerente). Mas em 2004 veio a nova tentativa da série nesse grandioso universo 3D, e o Playstation 2 foi o escolhido para o novo game da série, que foi produzido por Koji Igarashi (conhecido como IGA) mago que trouxe Symphony of the Night a luz.
Reinventando a série.
O foco de Iga nesse game foi dar aos velhos fãs da série tudo aquilo que já conhecem em um game de Castlevania, mas ao mesmo tempo, trazer para a franquia um publico novo, para isso foi necessário recomeçar do zero, da um novo inicio a saga. De fato, o reinicio e reinvenção são as palavras de ordem do título, a começar pelo enredo, que conta a verdadeira origem do combate com Drácula, do Clã Belmont e do lendário chicote sagrado. O game se passa em 1094, época das grandes cruzadas da igreja católica. Leon Belmont e Mathias Cronqvist eram respeitados cavaleiros da igreja, mas Elizabeth, noiva de Mathias, foi assassinada, o que deixa o cavaleiro recluso. Anos depois Mathias retorna dizendo a Leon que sua noiva, Sara, foi raptada por um vampiro chamado Walter e levada para um castelo das trevas, além das florestas. Depois de desistir do seu título Leon parte para resgatar sua amada. Lá ele conhece um homem chamado Rinaldo, que dá a Leon um chicote capaz de ajudá-lo a vencer as criaturas no castelo. Agora o jovem Belmont parte na busca por Sara, descobrindo mais do que queria sobre o lugar.

A mecânica de Lament of Innocence não é exatamente inovadora, já que parte dela é herdada de Devil May Cry, da Capcom. O game não perde muito tempo com blá blá blá, uma vez que Leon adquire o chicote à aventura começa. Depois de um rápido e simples tutorial a busca se desenrola de forma bem agradável e sem interrupções de cenas não interativas. Antes do encontro com Walter Leon terá de vencer cinco chefes para destravar a porta principal. Já de cara você terá as cinco áreas do castelo abertas, podendo escolher o seu roteiro, sendo que tem a velha história de voltar mais de uma vez numa mesma fase; mas o estilo metroidvania não foi tão aprofundado neste jogo, o que pode ser visto como algo positivo.

Da exploração para a ralação.
Já deu pra notar que o game se divide por fases (mesmo que seja de uma forma mais indireta), mas cada uma delas se desenvolve como uma espécie de labirinto, a exploração é necessária, já que caminhos bifurcados são comuns na jornada de Leon. Prepare-se para enfrentar um número notável de Puzzles pelo caminho, embora nenhum deles seja realmente complicado. O foco do game é o combate, e nisso ele não deixa a peteca cair. Conforme citei acima a mecânica do game bebe das fontes das aventuras de Dante. Leon pode usar de diferentes combos para derrubar seus inimigos, à medida que você mata os monstros o game se encarrega de ensinar novos golpes ao cavaleiro, dando ao jogador maneiras divertidas de vencer o exército de Walter. Ao vencer cada chefe você adquire um Orb que quando ativado dá novos e poderosos efeitos a arma secundária que você estiver usando no momento. Pelo seu caminho também há chefes elementais, que quando vencidos possibilitam Leon a dar um novo poder ao chicote. As relíquias estão presentes aqui também, mas a maioria delas não tem a mesma utilidade que as encontradas em games como Symphony of the Night e Circle of The Moon, sendo que todas consomem a barra de MP quando são usadas.
Houve outras mudanças no game que desagradaram a alguns fãs (em especial os da geração metroidvania). Lament of Innocente dispensa o sistema de níveis, de modo que vencer um chefe depende do esforço do jogador, principalmente na hora de executar os combos. A jogabilidade não apresenta problemas, é muito simples assimilar os movimentos de Leon: ele pode golpear com o chicote, prendê-lo em grades ou colunas, dar saltos duplos e até mesmo usar esquivas nos combates; o direcionamento de Leon é excelente e é muito divertido controlar o personagem. As câmeras se esforçam muito para serem amigáveis com o jogador, mas nem sempre é o que acontece, sempre há àquelas horas de agonia em que a tela fica cheia e sua visão fica atrapalhada. Se existe um consolo nisso é que as câmeras passam longe de ser frustrantes como nas edições do Nintendo 64. Outro fator que atrapalha demais o game é o uso de itens em tempo real, principalmente se você usa tais itens justamente em momentos de lutas criticas, deixando Leon mais vulnerável enquanto usa uma poção de cura.
Um castelo do século XXI.
A parte gráfica de Lament of Innocence foi uma das mais bonitas em sua época. Pela primeira vez desde o Symphony of the Night notamos um esforço maior para trazer uma ambientação realmente diferente para um castelo do game (as edições de Game Boy Advance se preocuparam mais em ser uma versão portátil de SOTN). O castelo de Lament of Innocence é realmente bonito, com áreas bem trabalhadas e iluminadas, todas com detalhes próprios. Infelizmente as salas se repetem demais, o que de fato cansa a visão do jogador, que com o tempo perde a admiração pelo trabalho de arte. Os personagens também ganharam ótimos desenhos e animações muito polidas, todos os inimigos clássicos da série foram bem transportados para esse novo universo de Lament of Innocence; mas sem perder a identidade que ganharam ao longo da franquia.

Os efeitos sonoros foram bem aplicados. O som dos monstros, os de ambiente do castelo, o uso do chicote, tudo está dentro dos padrões da série, o que também significa que não há nada que os velhos fãs não conheçam. Já a trilha sonora está um tanto diferente do habitual. Nota-se que as músicas tentam se encaixar na ambientação, ao contrário dos outros games da série, onde cada música era uma verdadeira obra sonora. Não que as músicas deste game sejam ruins, ao contrário, todas são ótimas, destaques para a trilha de House Of Secred Remains, uma belíssima canção que traduz bem a essência do título, mas as composições não são tão grudentas como Vampire Killer ou The Tragic Prince, mas cumprem o seu papel de uma maneira incrível.
E aí, aprovado?
Lament Of Innocence passou longe de ter o acabamento bruto e sem vida dos games para Nintendo 64, mas isso não quer dizer que o game tenha acertado em cheio. Nas primeiras horas de game tudo impressiona, mas dado as repetições absurdas de cenários o trabalho de arte acaba passando a impressão de preguiça em criar ambientes mais diversificados. Os combates são ótimos e empolgantes, mas a falta de equilíbrio das lutas com momentos de aventura são preocupantes, a ponto de que os combates acabam se tornando insuficientes para segurar jogadores mais exigentes por muito tempo. A ambientação é das mais angustiantes já vistas em um game da série, a trilha sonora nos ajuda a lembrar disso, trazendo uma das atmosferas mais incríveis de Castlevania até aqui. No final das contas o game é no mínimo satisfatório, mas ao fim da experiência fica a sensação de que uma boa idéia foi mal desenvolvida. Aos fãs da série fica uma alternativa interessante, aos que não simpatizam com a causa dos Belmont, talvez a aventura protagonizada pelo herói Dante continue sendo a mais atraente no Playstation 2.
Prós:
- Ambientação condizente com o game.
- Combates variados.
- Jogabilidade polida.
Contras:
- Cenários repetitivos
- Câmeras pouco amigáveis em algumas situações.
- Falta de equilíbrio entre combate e exploração.
Notas:
- Diversão: 8,5
- Jogabilidade: 10,0
- Gráficos: 9,0
- Audio: 9,0

Escrito por: Lipe Vasconcelos.

6 comentários:

  1. Adoro a série,foram muito felizes com tal post.

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  2. To zerando esse jogo mais tive q apelar pro detonado algumas vezes.Gamers q ñ são acostumados a tal dificuldade vão ter q apelar mesmo pelo detonado

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  3. ótima análise adoro castlevãnia. façam uma análise do "bleach blade battlers 2nd"

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  4. Corrigindo: combates repetitivos.
    Jogabilidade subutilizada.
    Só os gráficos são melhores, talvez até o Legacy do N64 seja melhor.
    Que dificuldade?

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  5. Zerei ele recentimente é um bom jogo mas acho que ele fica meio monotono as vezes falta um pouco de ação as vezes.Mas não deixa de ser um bom jogo com alguns extras pra acrescentar no game.

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  6. Posso dar uma dica, peguem essas analises que vcs criam e postam no youtube usando a analise como roteiro e uma gameplay de fundo, ficaria muito bom

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