25 de out. de 2011

Análise: Castlevania: Curse of Darkness






Ano de Lançamento: 2005.
Gênero: Ação/Adventure.
Plataformas: PS2/Xbox.
Desenvolvedora: Konami.









Castlevania - Curse of Darkness: O segundo episódio da saga lançado para o Playstation 2 foi também o primeiro para o X-Box. O título se foca em combates com doses de exploração e aventura. Ao contrário de Lament of Innocence, esta nova edição da franquia pega elementos já vistos em outros jogos da série, embora não se aprofunde muito e acabe recebendo um acabamento muito genérico. O game narra fatos posteriores ao clássico Castlevania III - Drácula's Curse. Hector, um antigo servo de Drácula renuncia aos seus poderes de Demon Forgemaster (um guerreiro que pode forjar e controlar demônios) para viver com os humanos,mas Isaac, um antigo aliado de Hector, acusa a esposa do herói, Rosaly, de bruxaria; fazendo a pobre moça morrer queimada. Jurando vingança, Hector vai atrás de Isaac; mas vencer seu inimigo significa retormar seus poderes málignos. Assim começa a trama de Castlevania - Curse of Darkness, promissora no inicio, mas que cai nos mesmos clichês dos games anteriores.


Como treinar o seu... Demônio?


Das muitas novidades na jogabilidade de Curse of Darkness a principal é os Innocent Devils (Ou apenas ID). Sendo um Demon Forgemaster, Hector é capaz de forjar e treinar demônios que
funcionam como parceiros ao longo de toda a
jornada, o sistema é similar aos Familiars presentes em Symphony of The Night, mas as possibilidades neste game são muito mais vastas. Cada ID tem uma função especifica; a fada, por exemplo, permite Hector abrir baús selados por mágia, além de auxiliar na cura de HP do herói, outros ID's poderam abrir portas mais pesadas, auxiliar a alcançar lugares que o pulo duplo não chega e até a atravessar grades, é como se os ID funcionassem como as reliquias de games anteriores. Cada ID possui uma gama de comandos que são aprendidos conforme ganham pontos de experiência, esses comandos consomem a barra de MP de Hector, que pode ser recuperada através de poções, ao coletar corações pelos cenários ou no momento em que você salva o seu jogo. Você pode optar por usar comandos manuais ou automáticos para um ID, embora o comando manual seja o mais indicado, caso contrário seus demônios vão usar MP em momentos que não precisa, deixando você sem mágia suficiente para
situações mais criticas. Os sistema de experiência volta com tudo em Curse of Darkness, mas tanto Hector quanto os ID levam tempo para subir de nível; prepare-se para gastar um bom tempo evoluindo seus poderes.

O sistema Metroidvania foi meramente modificado em Lamment of Innocence, mas nessa edição ele volta ao modo clássico. Novas áreas são acessadas à medida que você derrota chefes ou adquire novos ID's ou chaves. As reliquias em geral são usadas para melhorar atributos de Hector e desbloquear comandos como a esquiva e o de roubar, o qual iremos falar mais a frente. No game passado uma só sala dava acesso as cinco demais áreas do castelo, aqui você vai ter de suar a camisa quando tiver de voltar a uma fase já completada. O que ameniza essa situação são as salas de teletransporte, que encurtam considerávelmente o caminho. Se há um lado bom nisso
é que os inimigos já vencidos voltam aos corredores, e quanto mais você entra em combate mais pontos de experiência são dados a Hector e ao ID que estiver em uso no momento, já que você só pode ter um por vez acompanhando ao longo do game. Os mapas são bem extensos, embora a exploração nem sempre seja algo gratificante ao jogador.

Forjando equipamento.





Seguindo o exemplo de Alucard, Soma Cruz outros protagonistas não pertencentes ao clã Belmont, Hector usa de um poderoso arsenal de espadas, lanças e machados em sua caçada. Mas não espere encontrar uma espada dando sopa no caminho, em vez disso você deverá "criar" seu próprio equipamento, isso inclui armaduras e capacetes. Você vai encontrar uma grande variedade de material com inimigos vencidos e em velas ao longo das fases. Acessando o menu Combine você poderá combinar esses materiais, formando seu equipamento. Alguns materiais mais raros estão sob poder de chefes e inimigos mais difíceis de achar no mapa. Outros só podem

ser conseguidos na base do furto. Sim, isso mesmo, Hector pode usar a habilidade de roubar itens ao seu favor: e acredite, isso é altamente recomendado, pois é muito difícil achar dinheiro nas fases, mesmo matando inimigos é complicado. Sua maior fonte de renda é roubando inimigos ou vendendo armas e materiais que você não precisa mais. Com o tempo você vai aprender que é muito bom tentar roubar cada novo inimigo que você encontra no jogo, nunca se sabe o que ele pode lhe dar.


No entanto, as novidades se chocam com as falhas do game, falhas herdadas de Lament of Innocence, além da regressão de um dos pontos mais importantes do game: Os combates, que sem dúvida era o maior atrativo do game passado. Agora Hector não aprende novos combos igual a Leon, em vez disso cada arma nova vem com golpes determinados, que não são nada variados. Simplificando, cada arma tem o minimo de 5 combos, o mais poderoso é feito com a combinação dos botões de ataque fraco seguindo do botão de ataque forte. Fato curioso é que o ataque forte só é usado após o uso de um ataque fraco, se você apertar o botão de ataque forte não acontece absolutamente nada, ID's também auxiliam nas lutas, menos a fada, cuja função é apena curar e abrir baús. A regressão do sistema de combate se uni a repetição de telas que tanto prejudicou Lament of Innocence. É triste quando uma produtora não aprende com os seus erros.


Os gráficos estão bem trabalhados, a engine gráfica é muito similar (isso se não for a mesma) a de Prince of Persia - Warrior Within, embora o resultado não seja tão majestoso quanto o do título da Ubisoft. Em minha opinião, um dos pontos altos de Lament of Innocence foi trazer um castelo luxuosamente triste, sensação que era complementada por canções de igual sentimento, sendo um dos Castlevanias mais pesados em termos conceituais. A ambientação de Curse of Darkness é boa, mas peca por não ter identidade própria, ficando muito igual a outros games da saga e até outros do gênero lançados para Playstation 2. Vale lembrar que o game não é totalmente ambientado no castelo de Drácula, algo interessante, mas que não foi aproveitado com mais empenho. Agora deixando os conceitos de lado para falar em termos mais técnicos, os cenários são bem trabalhados e com um nível de detalhe mais incrementado, mas a já citada repetição de

salas estraga a beleza do game, fazendo-o ficar visualmente cansativo, pelo menos a variedade de áreas a se explorar é satisfatória, algumas vindas de outros games da série. Os inimigos são muito bem feitos e variados, em geral os fãs mais fieis vão reconhecer as criaturas mais clássicas do covil de Drácula. Os chefes foram mais criativos e bem trabalhados dessa vez, uns realmente grandes, com destaque para o segundo chefe, que é enfrentado num cenário aéreo muito empolgante. A parte sonora é competente, com sons convincentes mas sem grande inovações, as dublagens nem sempre convencem, principalmente a de Hector, mas nada que seja muito ruim; afinal, dublagens nem sempre são o ponto alto de games do gênero, salvo a alguns casos. Um ponto onde a franquia sempre se superou foi na trilha sonora e nisso Curse of Darkness não é diferente. As músicas voltam ao estilo contemporaneo de sempre, com canções rápidas e pesadas e composições calmas e bonitas, todas usando constantemente instrumentos orquestrados e uma

pegada de rock que vem caracterizando a série desde Symphony of The Night.

Com um pouco mais chegava lá.



E mais uma vez a Konami deixou passar a oportunidade de mostrar que a série pode sim ter uma conversão 3D decente. Lamment of Innocence tinha suas falhas, mas sua identidade própria e seus combates empolgantes sabiam prender o jogador sem muito esforço. Mas Curse of Darkness transparece a sensação de ser um jogo feito apenas para mostrar que a série continuava ativa. Os Innocent Devils e criar seu equipamento deram um gás muito legal ao jogo; os combates com chefes também estão satisfatórios, já que cada um apresenta táticas diferenciadas e cabe ao jogador descobrir qual q melhor forma de vencê-los. Mas o sentimento geral é de que alguns recursos nao foram explorados ao máximo, deixando a idéia de que o título é um mero jogo amador perto de medalhões como Devil May Cry, Prince of Persia e God of War. Se você for fã da série certamente vai ficar satisfeito com o game, mas se você for fã do gênero em geral vai notar que Castlevania - Curse of Darkness tem muito pouco a oferecer como gênero de ação/aventura. A série se despede da sexta geração sem convencer muito ao tentar quebrar a maldição deixada no Nintendo 64.


Prós:
-Sistema de níveis retorna.
-ID's deixam o game mais dinamico.
-Chefes mais criativos e divertidos.

Contras:
-Salas repetitivas e cansativas.
-Sistema de combate regrediu em relação ao game anterior.
-Ambientação sem muitas inspiração.


Notas:
Dirversão: 8,0
Jogabilidade: 9,0
Gráficos: 9,5
Som: 9,0


NOTA FINAL: 8,5



Escrito por: Lipe Vasconcelos



6 comentários:

  1. Realmente tem suas falhas, mas é um game bem divertido. Eu gostei talvez porque não conhecia muita a história da série, mas os gráficos dos ambientes e as cenas CG são excelentes, os combates também são bem fluídos e confortáveis. Um excelente game obrigatórios pra quem gosta de uma boa aventura no PS2.

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  2. Eu curti muito esse game também, mas acho que ta bem abaixo do que a Konami é capaz, mesmo apontando as falhas eu realmente me diverti com esse game!

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  3. Mesmo achando o Symphony of the Night o melhor da série até hoje, sou suspeito em dizer que este é o segundo. Já gostei do Lament of Innocence, mas o Curse of Darkness, como vocês disseram, apesar de não ser do melhor que a Konami pode fazer, é um bom jogo.

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  4. Me responde só uma coisa: é repetitivo igual ao Lament? Por que sério, em Lamenta você só anda, abre portas e eventualmente luta. Raramente tem seções de plataforma e quase nunca você consegue novos poderes que abrem novas áreas. Symphony of the Night você tinha um zilhão de opções. Esse Curse of Darkness é mais variado que o Lament?

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  5. Curse of darknes eh zilhoes de vezes melhor do que Lament of inocence.
    Não supera a obra prima que é o SOTN, mas é um excelente game! Muito bom mesmo! Adorei.

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