10 de fev. de 2012

Analise: Devil May Cry

Ano de Lançamento: 2001
Desenvolvido por: Capcom.
Distribuído por: Capcom.
Gênero: Ação/Hack in Slash.


Numa época em que o Playstation 2 ainda gerava dúvidas quanto ao seu poder a Capcom queria apresentar ao mundo a nova edição do aclamado Resident Evil. No entanto o projeto foi rejeitado por se afastar demais da idéia original. Mas em vez de cancelar a Capcom reaproveitou o projeto, mudando apenas o enredo e alguns outros detalhes. Nascia então Devil May Cry; o game que mudaria para sempre o gênero ação e aventura. DMC pode ser considerado o pai do Hack in Slash e dos combates frenéticos. E não é pra menos! Tudo que você já elogiou em games como God of War e Dante´s Inferno foi iniciado pela Capcom. Devil May Cry também foi a primeira série de sucesso a surgir na geração Playstation 2. A trama conta a história de Dante, filho de um poderoso demônio chamado Sparda. Dante é um caçador de demônios e possui uma firma chamada Devil May Cry (Significa Demônios Podem Chorar) que cuida de casos sobrenaturais. Um dia uma estranha chamada Thrish aparece na loja e tenta matar Dante. Após comprovar que ele é o filho de Sparda a moça diz que tem um trabalho para ele na ilha Mallet, afirmando que o trabalho tem relação com seu pai e seu passado.


Espadas, pistolas e Rock in Roll.


Nos primeiros momentos Devil May Cry aparenta ser um típico horror/survival. Mas basta iniciar a primeira batalha para que o game se revele um festival de combates frenéticos. A principal arma de Dante é uma espada com ataques rápidos e brutais. O caçador também usa um par de pistolas que possuem munição infinita; no entanto Dante adquire novas armas no decorrer do game. Os inimigos atacam por todos os lados e para vencer os combates é preciso executar combos longos e rápidos. As sequencias recebem notas conforme elas são estendidas e é possível combinar tiros com golpes de espada. A jogabilidade é solta e Dante pode se mover para qualquer lado com agilidade, tornando as lutas ainda mais viscerais. Infelizmente as lutas esbarram em alguns defeitos. 


Dante parece possuir uma mira automática que atrapalha em alguns momentos, principalmente quando o herói ataca um inimigo que nem sempre está ao seu alcance. O posicionamento das câmeras nem sempre ajudam, algumas vezes o ângulo é tão incomodo que nem mesmo é possível enxergar o personagem, devido à grande movimentação que ocorre na tela. Vencendo inimigos Dante coleta Orbs vermelhos que podem ser usados para desbloquear novos golpes e habilidades. Cada arma nova possui várias opções de melhoras, incentivando o jogador a entrar em mais lutas e a acumulando mais Orbs.


Pelo menos 80% de Devil May Cry se resumi em combates, outros 20% são de aventura. O game se divide por missões simples, onde você deve buscar algum item ou encontrar uma maneira de abrir uma porta. Ao fim de cada missão são atribuídos pontos e notas ao jogador. A performance dos combates é o principal item avaliado, dando notas conforme você progrediu em combates; bem como quantos itens de cura e continues você usou até o fim de cada missão. Na pratica parece ser um jogo de fase, mas o jogador é livre para explorar, mesmo que seja uma área de uma missão passada. A mecânica funciona de modo linear, mas é gratificante explorar os vários cantos dos cenários, podendo encontrar itens de curas ou quebrando barris e caixas aqui e ali para encontrar orbs vermelhos. 


Há momentos raros de puzzles e plataformas, mas esta ultima é dificultada pelas câmeras. A visão de jogo segue a linha de Resident Evil, tomadas dramáticas que mudam bruscamente a todo instante, fazendo das câmeras o maior inimigo de Dante a toda hora. Devil May Cry é um game realmente difícil. Os combos são de fácil execução, mas liberar a todos requer dedicação do jogador. As batalhas contra chefes são o ponto alto do título, mas são muito exigentes. Outro ponto que ajuda a aumentar a dificuldade do game é que só é possível salvar seu progresso ao terminar uma missão. Há um sistema de contiues que ajuda a amenizar essa situação, podendo até comprá-los com os orbs vermelhos.


Visual góticamente rock.
O visual de Devil May Cry também é único. Dante é sem dúvida o protagonista mais descolado já produzido até hoje. Um típico fã de rock com um sobretudo vermelho e calças de couro enfeitados com um pesado coturno. A animação de Dante é ótima e bem variada, com todos os cuidados que tem direito. Os inimigos também estão bem animados e apresentam variedade no design. Os chefes são o ápice do game, todos grandes e impressionantes. Devil May Cry foi um dos primeiros games do Playstation 2 a usar sincronia labial nas dublagens, e ainda que o resultado não seja de ponta o recurso serviu para impressionar. Os cenários também apresentam a mesma qualidade. Você explora uma imensa ilha com florestas, ruínas e um imenso castelo. A iluminação do ambiente contribui para uma experiência mais tensa e o game parece ficar mais dark a cada nova etapa, chegando até mesmo a explorar um submundo repleto de vísceras e sangue. 


As texturas estão bem aplicadas, mas algumas às vezes parecem fora de foco em alguns ângulos. O jogo de cores ajuda a construir o visual de DMC, com um tom frio, sem muitas cores fortes. Hoje em dia DMC não é nada impressionante, mas na época o visual era fantástico. A parte sonora deixa a imersão mais pesada, com músicas ambientais que passam suspense e tensão. Na hora dos combates você curte um ótimo rock para estraçalhar uma horda de demônios. As vozes estão bem aplicadas, a começar pelo ruído dos monstros, que está muito bem feito e consegue passar aquele sentimento estranho de susto ao jogador. As dublagens estão apenas aceitáveis. Ainda há um sério problema com dublagens de games, muitas ficam a desejar devido a uma interpretação fraca, no caso de Devil May Cry algumas são bastante forçadas.


O inicio de uma nova saga.
Devil May Cry é um game lendário. Ele não foi apenas o inicio de uma franquia, mas sim o inicio de um gênero. Os combates frenéticos foram tão bem aceitos pelos fãs que posteriormente outros títulos usaram da mesma fórmula. O primeiro foi Castlevania – Lamento f Innocence. Logo uma avalanche de jogos do gênero adaptou o estilo em sua jogabilidade. Devil May Cry se tornou um sucesso instantâneo e serviu para alavancar as vendas do Playstation 2. Hoje pode-se dizer que tudo em DMC soa como ultrapassado, mas o charme do título é tão singular que qualquer fã do Hack in Slash deveria experimentar. O game é curto, mas sua dificuldade compensa as poucas horas de duração. Em resumo: Devil May Cry é um título obrigatório na jogoteca de qualquer fã do gênero. Se você é fissurado em combates rápidos e aventura balanceada é indispensável conhecer o pai de um novo estilo de game.


Notas:
Gráficos: 9,0
Audio: 9,0
Jogabilidade: 9,5
Diversão: 10,0


Aprovado:
- Devil May Cry foi o responsável pela popularização do Hack in Slash.
- Combates frenéticos e brutais é o prato principal do título. A execução dos golpes é rápida e divertida, podendo atacar em qualquer direção. Ainda é possível combinar ataques corpo a corpo com armas de fogo.
- Gráficos bem aplicados para um game que foi lançado no inicio do console. A ambientação se destaca graças a um trabalho artístico primoroso.
- Parte sonora que combina tensão e rock irá agradar aos fãs.


Reprovado:
- Há alguns erros na jogabilidade. É muito comum Dante atacar numa direção que você não comandou.
- O trabalho de câmera é horrível. Atrapalha na hora dos combates e deixa o jogador desorientado em algumas ocasiões.
- Game muito curto.
- Dificuldade acima do normal que pode ser boa para jogadores mais Hardcores, mas afasta os casuais.

Análise escrita por: Lipe Vasconcelos.

9 comentários:

  1. o melhor jogo do ps2 e pronto..

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  2. vlw por atenderem meu pedido vcs são foda

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  3. Bom jogo , acho que se fosse longo seria repetitivo se tornaria meio chato.Ele foi feito na medida certa. A câmera é sem dúvida o maior defeito do jogo , uma herança negativa de resident evil.Vale a pena jogar

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  4. que Devil may Cry trouxe um novo genero de game de ação é inegavel,mas Devil May Cry 3 Dante´s awakening simplifica e melhora em todos os sentidos ,sendo o melhor jogo da franquia!boa analise,diz tudo o que esse classico é! abraços!!! ((Rodrigo))

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  5. Será que ainda consigo encontrar esse jogo para comprar? Voces do blog poderiam indicar umas lojas (sugestão).
    Acho as analíses do blog muito coerentes e geralmente me são muito útil. :o)
    Paulo Mácio

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  6. A série Devil May Cry é muito afu, só não gostei do 4 do PS3, mas isso não quer dizer que o jogo seja ruim.

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  7. Zerei esse Devil May Cry em 2 dias no dificil são 24 fases muito bom*-*

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  8. Um ótimo jogo de ps2 tenho que jogar o DMC 3 dizem que esse é ainda melhor.

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  9. NA MINHA OPINIÃO O MAIS DIFICIL DA FRANQUIA!!!

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