12 de mar. de 2012

Castlevania - Symphony of the Night



Ano de Lançamento: 1997
Desenvolvido por: Konami.
Distribuído por: Konami.
Gênero: Ação/Adventure.


Desde o Nintendinho a saga Castlevania manteve um publico fiel e muito satisfeito com o formato do game. O seu grande auge havia acontecido com Castlevania Rondo Of Blood, que nunca foi lançado no Brasil (somente para o PC-Engine, um console japonês). Tal episódio fez tanto sucesso que acabou recebendo um remake muito fraco para o SNES em 1995, mais uma continuação para o Playstation em 1997. Castlevania – Symphony Of The Night foi a primeira grande revolução da série. Unindo novos elementos em uma mecânica agradável e simples Symphony Of The Night é sem favor algum o melhor título da franquia até hoje. A trama acontece anos após Rondo of Blood. Richter Belmont desaparece quando começa a investigar novas aparições do mal em sua vila. Maria Renard, que tinha doze anos no game original vai em busca de Richter, que desapareceu próximo de onde surgiu o castelo de Drácula mais uma vez. Paralelo a isso o filho de Drácula, Alucard, desperta de um longo e doloroso sono. Alucard parte para o castelo disposto a vingar a morte de sua mãe, Lisa, que foi queimada acusada de bruxaria e não foi salva pelo Conde.

Metroidvania.



Quebrando a tradição dos games anteriores o protagonista em SOTN é Alucard, que ajudou Trevor Belmont a combater o vampirão em Castlevania III – Drácula´s Curse. Ao contrário dos caçadores do clã Alucard usa uma série de espadas e machados em sua caçada, que devem ser coletadas à medida que o jogador avança no game. Além de armas Alucard também usa armaduras e escudos, que são divididos em categorias. Acessórios também ajudam a aumentar o status de ataque, defesa, inteligência e etc, conforme manda o figurino de um RPG. Esta edição de Castlevania se aproxima tanto do gênero que Alucard pode subir de níveis conforme derrota os inimigos pelo castelo. O sistema é tão amigável que com um pouquinho de esforço é possível deixar o herói poderoso o suficiente para não ter trabalho ao longo da jornada.
A mecânica de fases foi substituída. Agora o jogador terá de explorar o castelo inteiro em um único grande mapa. O castelo é separado por áreas. Na teoria são fases, mas na pratica funcionam de maneira diferente. O jogador poderá acessar novas áreas e retornar quando quiser. Ao adquirir novos poderes Alucard pode acessar novos aposentos, como a torre central, que só pode ser visitada quando o vampiro puder se transformar em morcego. A liberdade de ir e vir é incrível e torna o jogo muito mais dinâmico, lembrando os clássicos games da série Metroid. No entanto há constantes travadas na exploração, pois o mapa é realmente grande e o jogador precisa lembrar constantemente para onde deve ir. O game nunca dará dicas do lugar que você deve ir a seguir. A coisa funciona como “conseguiu tal habilidade? Faça tentativas até conseguir algo” e tal sistema pode ser cansativo para jogadores menos pacientes. Por outro lado também pode ser recompensadora. Há muitos itens e equipamentos para descobrir, a maioria será de grande utilidade. Sempre vale a pena revistar cada canto possível, principalmente se você for daqueles que gosta de desmembrar cada possibilidade possível de um game.

O todo poderoso.

Além de um divertido sistema de exploração Symphony Of The Night também trás uma mecânica de combates bem divertida. Alucard pode colecionar armas e acessórios que são de grande utilidade para detonar corredores inteiros. No inicio você começa com o melhor equipamento possível, mas após o encontro com a Morte em pessoa o herói fica zero bala, tendo de coletar tudo de novo. Há diferentes tipos de escudos que podem ser combinados a um item mágico que produz incríveis magias. Além de técnicas que são acionadas ao usar sequências no direcional do controle, que vão desde bolas de fogo a ataques com névoa venenosa. O inicio do game é difícil, principalmente quando nos viramos com espadas fracas. Mas com o passar do tempo os novos poderes tornam Alucard quase invencível, diminuindo consideravelmente o desafio. Após adquirir o cajado mágico o jogador praticamente decide se quer deixar as lutas difíceis ou terminá-las com um simples toque de botões. Os combates com chefes em geral são fáceis, com o aumento de níveis e uma variedade de itens poderosos os chefes podem ser vencidos sem o mínimo esforço. Caso um chefe dê trabalho basta dar umas voltas pelas áreas para aumentar de nível. Alucard ainda pode contar com a ajuda dos Familiars, pequenas criaturas que funcionam como parceiros que também sobem de nível. O sistema não chega a ser inovador, mas consegue divertir.

Obra prima em 2D.


A equipe de produção apostou sem medo em um jogo com visão de tela 2D tradicional. O resultado é um game em 2D dos mais belos já produzidos em sua época. O conceito sombrio e triste de Castlevania ganhou um tom muito mais dramático no Playstation. Você vai se aventurar por salões que inspiram luxuria, pobreza, susto, tensão... Enfim, vários sentimentos que são representados com detalhes incríveis. Graças à facilidade de trabalhar com gráficos em terceira dimensão foi possível criar fundos de tela impressionantes, como nuvens, árvores balançando com o vento, trovões mais realistas e tempestades, foi um feito incrível para a época. Os personagens também seguem a mesma fineza nas animações. Alucard possui um efeito de sombra toda vez que se move que roda de maneira leve e bonita. Os inimigos são variados, incluindo criaturas já conhecidas dos fãs, como cabeças de medusa, zumbis e etc. Os chefes também merecem destaques, alguns tomam um ótimo espaço na tela e são ricos em animação. A parte sonora é riquíssima, com efeitos limpos e bem executados, mas as dublagens em geral deixam a desejar. As vozes foram botadas as pressas no game, então a qualidade de interpretação não é das melhores. Há também o fato de que os textos são muito mal escritos e revelam uma pobreza tamanha no modo com que o roteiro se desenvolve. As músicas surpreendem. Além das composições serem ótimas as músicas todas estão orquestradas. Graças à qualidade digital de um cd foi possível executar as músicas de maneira glamorosa e única, ficando entre as melhores trilhas do Playstation.

Uma obra eterna.


Castlevania – Symphony of the Night ainda lista qualquer top 5 do Playstation graças a uma simplicidade gráfica que foi fundamental para a construção do universo do game. O sucesso de Symphony of the Night foi crucial para que os demais jogos da série passassem a aderir o estilo ação e exploração, criando uma lista interminável de “metroidvanias” para as plataformas portáteis que surgiram mais a frente. A jogabilidade e o sistema de níveis deixam o jogo mais atraente, mas a falta de equilíbrio na dificuldade dos combates pode decepcionar os mais durões. O game também é extenso devido aos seus três finais. Também há os jogadores que até hoje procuram por todos os possíveis segredos escondidos no mapa do castelo, a fim de fazer exorbitantes porcentagens. Com uma quantidade grande de segredos a serem descobertos, extras e muita aventura, Castlevania – Symphony of the Night é um clássico obrigatório para qualquer um.

Notas:
- Gráficos: 10,0
- Audio: 10,0
- Jogabilidade: 10,0
- Enredo: 8,0
- Diversão: 10,0

Aprovado:
- Jogabilidade mais solta. O sistema de exploração deixa o game mais interessante e divertido.
- Sistema de níveis dinâmico.
- Gráficos em 2D incríveis.
- Audio digital e de excelente qualidade.

Reprovado:
- Com o tempo Alucard fica poderoso demais, quebrando o equilíbrio dos combates e deixando o game muito fácil.
- Às vezes explorar o castelo pode ser cansativo por falta de dicas do jogo.
- Roteiro arrastado, com diálogos muito canastrões.
- Dublagens pouco empolgantes.

Análise escrita por: Lipe Vasconcelos.

12 comentários:

  1. Esse foi o melhor jogo do ps1.eu ainda tenho o meu na coleção.

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  2. Esse jogo é muito bom, me lembro da época em que me viciei nele, nossa...
    Mito bom mesmo, com certeza um dos melhores jogos do Ps1.

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  3. Kd as analises tem sentenas de pedidos e vcs não analisão.

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  4. Calma Luan, já vimos vários pedidos que a galera faz lá, é complicado atender a todos, até pq não vivemos do blog. Eu trabalho e tenho faculdade, fica difícil pra mim pegar cada um dos jogos que a galera pede e analisar pra trazer ao blog, estamos interessados em novos colaboradores que queiram realmente nos ajudar com o blog. Até lá tentaremos ao máximo atender os pedidos de todos!

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  5. Gotaria de agradecer ao pessoal do blog por ter criado aquele espaço, para podermos pedir as análise; e também para parabeniza-los pela rápida evoluçâo que teve o blog, lembro que comecei a visita-lo em setembro de 2011, e de lá pra cá muita coisa mudou, tem muito mais análises que antes, os textos estão mais completos e sem erros de português e estão deixando os clássicos um pouco de lado, dando espaço para os games menos conhecidos, fazendo com que nós revivessemos esses games nos nossos consoles eternos.
    VLW

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  6. esse jogo nao existe igual foi o melhor q eu ja joguei na minha vida nao tem melhor

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  7. esse é o melhor jogo do ps1 sem duvidas!!!!

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  8. opa...eu gostaria de saber se eu poderia divulgar meu trabalho sobre esse jogo incrível nesta postagem....se não...gostaria de saber aonde posso divulgar os videos que fiz sobre esse jogo
    https://www.youtube.com/watch?v=6RfR4NTahp4&list=UU31GR240HJpnl1DaaPRI7jw&index=2
    desde já meu muito obrigado o//

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  9. Jogo fodastico, o melhor da franquia até hoje

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  10. SOTN tamben foi lançado pra ps2?

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. boa noite,estou procurando pelo CASTLEVANIA COLLECTION PARA PS2,ALGUEM PODERIA AJUDAR?

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