28 de dez. de 2011

Analise: Jak 2 - Renegade


Ano de lançamento: 2003
Desenvolvido por : Naughty Dog.
Gênero: Ação/Adventure.
Jak & Dexter no Playstation 2 é o mesmo que Crash para o Playstation, e assim como o irmão mais velho, Jak também tem um brilho único do console eterno, mas peca pela falta de originalidade. Levando isso em conta a Naughty Dog decidiu reformular quase todo o conceito de seu exclusivo para PS2 e trouxe um game mais dinâmico e até obscuro. Jak 2 – Renegade traz o herói de cabelos verdes e seu fiel amigo, Dexter, de volta para uma aventura maior e mais complexa, com direito a um mundo mais abrangente a ser explorado. Talvez este seja o único jogo já feito até hoje onde a liberdade de explorar tenha sido o seu maior ponto fraco.
Cabelos verdes, poderoso e vingativo.


Depois de derrotar Gol e Maia, Jak, Dexter, Keira e Ramos encontram um objeto chamado de Anel do Precursor. Ao testarem a máquina acabam abrindo um portão que suga Jak e Daxter, fazendo-os se separarem ao cair num mundo totalmente diferente. Neste novo mundo Jak é capturado por soldados conhecidos como Metal Heads, onde ele fica por dois anos sendo submetido a experiências com o Dark Eco e torturas. Um dia Dexter o encontra e o ajuda a fugir, agora Jak se torna um guerreiro mais poderoso, mas decide buscar vingança contra o Barão Praxis, responsável pelos anos de dor a que foi submetido.
O enredo mais pesado serve de base principal para os acontecimentos deste novo título. O game se passa em Heaven City, um lugar grande, que é dividido por várias cidades, cada uma com pessoas diferentes e até classes diferentes. É um verdadeiro brilho aos olhos notar como o mundo de Jak 2 é muito bem construído. O clima é de opressão e medo, uma vez que todos obedecem ao tirano Praxis, a cidade é costumeiramente povoada por soldados. Tudo é tão realista que há até o efeito de noite e dia, tudo isso ajuda a manter a imersão nesse mundo tão opressor. Se por um lado essa imersão é boa, por outro também servem de palco para apresentar os principais erros do jogo. Já deu pra notar que a mecânica funciona como um GTA, você tem um mundo todo aberto para você, porem a interação com essas pessoas não existe, você pode vê-las e pode até bater nelas, mas somente algumas realmente podem conversar com o herói, também não há grandes motivos para explorar a cidade, pelo menos não quando você não está em alguma missão. O mapa é realmente grande, tão grande que prejudica a ação, pois a distancia de um lugar para o outro é exagerada, fazendo com que metade do tempo do game seja gasto apenas para ir de um ponto ao outro.
Jogabilidade amigável, direção inimiga.
Talvez esse probleminha com o mapa muito grande pudesse ser ignorado ao usar os veículos, mas isso também é um ponto contra. A direção das naves é horrível, e basta esbarrar de leve em qualquer civil para chamar a atenção dos guardas, que iniciam uma perseguição implacável que quase sempre acaba numa morte irritante. Ou seja, se você for a pé vai gastar mais tempo, se for de nave vai gastar tempo do mesmo jeito, pois a direção dificulta. Por vezes há missões onde você deve chegar a tal ponto em um tempo estabelecido fazendo com que o fator direção pese duas vezes mais contra o game, é nessas horas que você decide se vai continuar o game até o fim ou não.
Se acostumando a esses dois tensos problemas você terá o prato principal do game, as missões. São nesses prazerosos momentos que você vê que vale a pena tentar superar as falhas graves, pois os objetivos são mais variados que no game anterior, além de conter mais adrenalina. As missões são diversas, desde levar recados até a invasão de bases, e elas se tornam mais satisfatórias conforme o game avança. Os combates não são revolucionários, mas divertem o suficiente para não deixar a peteca cair. Jak usa socos, chutes e armas; a grande novidade é o Dark Jak, que é o principal resultado da experiência sofrida nas mãos dos Metal Heads. Quando está na forma de Dark Jak seus ataques ficam mais poderosos, sendo de grande ajuda nas horas de sufoco. A jogabilidade do game é totalmente inversa da que é apresentada nos momentos de dirigir naves. Jak tem comandos livres e funcionais; há três tipos de saltos diferentes e golpes bem fáceis de executar. O melhor de tudo é que a Naughty Dog soube aproveitar com sabedoria cada função da dupla.
A parte técnica é muito competente. A Naughty Dog nunca decepciona ao usar o poder do Playstation 2 na medida ao construir o ambiente de seus games, e Jak 2 não foge dessa regra. O clima faz uma mistura ousada de uma cidade meio medieval meio futurista, o resultado é um mundo único e muito original, onde o jogador vai apreciar cada detalhe que pular na tela. Os designs dos personagens agradam, mas parecem ter ficado muito pequenos na tela, revelando uma falta de detalhamento nos mesmos, isso acaba diminuindo um pouco o impacto que o ambiente causa, mas não chega a prejudicar o game. Os efeitos sonoros também são bem simples, mas só o fato de combinarem com o game em geral já é algo louvável. A trilha sonora, por outro lado, é muito chatinha. A música que toca quando estamos nas cidades é muito enjoada, e mesmo os momentos de ação não apresentam nenhuma composição digna de atenção.
Uma boa opção dentro do gênero.
Jak 2 – Renegade tentou ser original, mas acabou fugindo de uma mecânica conhecida para outra mais conhecida ainda, a de GTA, mas sem os mesmo elementos controversos da série da Rockstar. A idéia foi boa, mas faltaram alguns ajustes para que fossem mais expressivas. O mapa exageradamente grande prolonga a aventura, mas de um jeito que não empolga, pois é realmente cansativo seguir de um ponto distante ao outro. A direção também estraga a mecânica, mas ignorá-la torna o game mais maçante ainda. As missões têm relevância e divertem bastante, mas a quebra de ritmo de uma para outra vai incomodar até o fim da aventura. Jak 2 – Renegade faz jus ao game de estréia da série, e promete ser tão prazeroso quanto o primeiro.
Notas:
Gráficos: 9,0
Jogabilidade: 7,0
Sons: 6,0
Diversão: 8,5
Aprovado.
- A Naughty Dog tem um jeito bem único de criar mundos bem originais e divertidos em seus jogo.
- Missões variadas que garantem a diversão do game.
- Enredo mais sombrio e bem trabalhado.
Reprovado.
- O mapa principal é exageradamente grande, fazendo com que sua exploração seja cansativa e quebre o ritmo divertido das missões.
- Dirigir naves, carros e motos é quase impossível, devido a uma má configuração dos comandos.
- Trilha sonora enjoativa e nada expressiva.
NOTA FINAL: 8,5!

Escrito por: Lipe Vasconcelos

8 comentários:

  1. um jogo bem razoável,mas sem dúvidas um dos melhores da série jak.

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  2. Ótima análise! A série é muito boa! Até tenho o Jak 3 original!!!

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  3. O meu Jak 3 também é original, até fiquei duvidoso na hora, mas esse foi um jogo em que senti que foram 45 reais bem gastos. Só nunca joguei o Jak 1

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  4. Parece que a série jak and daxter tem mais desafio em nível de dificuldade (Que pra mim é mais legal) do que ratchet and clanck que é mais voltado para um público mais jovem .

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  5. Estou pensando em comprar esse Jak II. Vocês acham que esse problema de jogabilidade com o veiculos da para se acostumar ou será sempre um pé na roda?

    Paulo Mácio

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  6. Zerei os três, hoje 2016...26 de junho .aguardo o jak 4 esperança....foi ,para quem conheceu a fundo ,o melhor da década...

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    Respostas
    1. Cara, tem o Jak and Daxter Lost Frontier tanto para Ps2 como para Psp.

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