16 de jan. de 2012

Analise: Constantine


Ano de lançamento: 2005.
Produzido por: Bits Studios.
Distribuído por: Sci Games.
Gênero: Ação.
Em 2005 a série em quadrinhos Hellblazer ganhou uma adaptação para os cinemas com o nome Constantine. O filme estrelado por Keanu Reeves (Matrix) conta as aventuras de John Constantine, exorcista que usa seus poderes para combater demônios. Como era de se esperar a trama ganhou uma aventura multiplataformas. Constantine segue o mesmo esquema de outros títulos baseados em filmes, um game com produção corrida e sem grandes revoluções dentro do gênero. No entanto, Constantine consegue ser um jogo interessante, pois usa os elementos do filme de maneira inteligente e consistente. O enredo tenta misturar os acontecimentos do filme com alguns dos quadrinhos, resultando numa confusão que ainda consegue um nível aceitável para prender o jogador até o fim.
John Constantine... Ass Hole!



Como foi dito acima a Bits Studios usou de maneira interessante os elementos da obra original. John é um exorcista que já viajou ao inferno e voltou. Sendo um autentico especialista nas artes das trevas o herói usa seus poderes para desvendar a morte da irmã gêmea da policial Angela Dodson, que supostamente cometeu suicídio. A história do filme se une a acontecimentos exclusivos dos quadrinhos, o resultado é uma trama um pouco embolada que não vai chamar atenção dos jogadores, tudo que você precisa saber é que precisará enfrentar uma horda de criaturas infernais até o fim do jogo.
Além dos personagens e de parte da história do filme, o game conta com vários elementos para pregar a atenção do jogador. O arsenal é o primeiro deles, todas as armas presentes no filme estão aqui e serão de vital ajuda na caçada de John, até mesmo o incrível bafo de dragão estará disponível. Algumas armas deixam a munição no chão quando descarregadas em um alvo errado, podendo ser coletada novamente. Mesmo que o número de armas disponíveis não seja grande a qualidade das que estão presentes no game deixara o jogador muito contente. Na falta de munição é possível desferir socos e chutes, que podem salvar a pele do herói em alguns confrontos, mas não são nada recomendadas nos chefes. Ao longo de cada fase John pode aprender novas magias, que vão desde tempestades elétricas que atingem vários inimigos de uma vez a técnicas de exorcismo, que são uteis caso não haja munição suficiente. As magias são executadas quando se usa uma determinada sequência nos botões do controle, às vezes até lembrando um Quick Time Event, com a diferença de que você pode executar tais feitiços quando bem entender. Infelizmente a variedade de ações esbarra numa mecânica de combate muito simples e cansativa, os inimigos atacam de todos os lados o tempo todo, lembrando games como Serius Sam, mas sem aquele brilho do game de FPS. A péssima calibragem da mira contribui para deixar a experiência mais pobre, mesmo na versão para os computadores é difícil encontrar uma sensibilidade confortável, ou fica pesada demais ou sensível demais, e a situação é pior ainda no Playstation 2. A execução das magias são uteis, mas pouco exigidas; apenas na hora em que há muitos inimigos atacando ao mesmo tempo elas seriam mais uteis, seriam, mas não são! Pois às vezes os ataques inimigos atrapalham na hora de lançar magias, e basta ser atingido uma vez para ter de recomeçar a sequência.
Pegando um pouquinho de cada.
Apesar de ser linear Constantine consegue variar de vez em quando, uma tentativa louvável, mas forçada demais. Pense que este é um Max Payne demoníaco, pois parte do game lembra muito o clássico da Rockstar. Em vez de usar Bullet Time John usa uma mira rápida, onde ele dá um giro de 160° para atingir inimigos que ataquem pelas costas, também há a possibilidade de usar uma visão noturna, mas ambas as possibilidades são pouco exploradas, pode-se até vencer o game sem usá-las. Constantine também pega emprestado à transição entre dois mundos, recurso muito bem aplicado na série Soul Reaver, mas aqui John pode transitar entre o seu mundo e o inferno, o que é usado para encontrar novos caminhos ao longo das fases; outro bom recurso que poderia ter tido um uso mais bem elaborado, embora não deixe a desejar. Apesar dos combates serem repetitivos não chega a ser medíocre, por vezes há espaço para explorar as fases, mas não há recompensas tentadoras para isso, a não ser, é claro, que você queira destravar imagens no menu principal do game. A mecânica fraca só não se torna cansativa por que o game termina antes de se tornar maçante.
A parte gráfica é muito interessante, o game apresenta cenas não interativas de grande qualidade; Há aquela cena em que John exorciza a garota no inicio do filme, com uma riqueza incrível de detalhes, inclusive o próprio personagem é muito semelhante ao Keanu Reeves. O design das fases também merece destaque, com um nível de sombra bem balanceado e cores bem frias. O inferno presente no filme também foi bem adaptado ao game. Mas os inimigos não apresentam variedade, além de seus desenhos não serem nada apresentáveis. A parte sonora é modesta, mas cumpre bem o papel ao longo do game, bem como as dublagens, que ajudam a manter o clima de suspense. A trilha sonora é um tanto repetitiva, mas segura a onda ao longo de todo o game.
Com um pouco mais de empenho quebrava a maldição.
Desde sempre a adaptação de filmes para os games sofre com erros imperdoáveis, isso acontece por que a produção é apressada e o game precisa acompanhar o lançamento do longa no cinema para faturar mais em cima do título, entregando games genéricos e sem nenhum atrativo relevante que apenas copia formulas que já existem. Constantine fez o que poucos games do gênero conseguem, adaptar velhas mecânicas ao seu conceito. Mesmo assim o resultado ainda é aquele de sempre, boas idéias com mal aproveitamento, resultando em mais um game sem expressão. No entanto, Constantine não agrada só aos fãs do filme, agrada também os fãs de games de ação com base na mitologia demoníaca. Se você jogá-lo sem esperar nenhuma revolução vai passar bons momentos com Constantine.
Notas:
Gráficos: 8,5
Jogabilidade: 7,0
Sons: 7,0
Trama: 6,5
APROVADO:
- Fidelidade com o universo do filme.
- Arsenal de armas original.
- Gráficos bem trabalhados
- Mesmo que a mecânica seja simples acaba divertindo.
REPROVADO:
- Idéias mal aproveitadas.
- Combates sem originalidade
- Péssima calibragem da mira.
NOTA FINAL: 8,0

Análise Escrita Por: Lipe Vasconcelos.

17 comentários:

  1. finalmente achei um lugar que retrata bem o ps2

    parabens,blog

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  2. Por favor façam a analise do justiceiro,e muito bom.obrigado

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  3. ja tem a analise do justiceiro ta na lista de analises do ps2 com o nome the punisher

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  4. Um amigo meu tem esse jogo, eu vi e achei bem + ou -
    Mas vale dar um confere.

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  5. Mas as vezes é legal ver duas análises de um mesmo jogo, como já vi por aqui. Nenhum cara tem a opinião igual a de outro!

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  6. Eu queria saber em que lugar do blog posso pedir analises de jogos.

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  7. galera, agora temos um local pra postar pedidos de análises na parte superior. A equipe estará de olho nos pedidos e sugestões e traremos as análises ao blog!

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  8. Valeu agradeço muito, fiquem de olho mesmo nos pedidos.

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  9. Podiam ter pego elementos das HQs também. Eles não aprendem. Nenhum jogo baseado em um filme que é baseado em outra coisa vai ficar legal sem pegar nada do original. O filme é baseado nas HQs, logo o game deveria ter pego referencias de lá também. É tão básico isso...

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  10. ótima analise, mas já o jogo não é tão-bom assim, a mira é muito ruim e a movimentação do personagem também não é das melhores!

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  11. Um bom jogo zerei ele faz tempo vale a pena ser jogado.

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