25 de mar. de 2012

Analise: Nanobreaker



Ano de Lançamento: 2005.
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami.
Gênero: Ação.

Lançado em 2005 Nanobreaker vem da mente criativa de Koji Igarashi, diretor responsável pela saga Castlevania. Nanobreaker parece querer acertar alguns erros da própria franquia vampirica da Konami, mas ao mesmo tempo cria os seus próprios defeitos, diluindo o resultado final do que poderia ser um grande trabalho. De modo geral este é um game direcionado para os amantes de um bom combate frenético ao estilo Devil May Cry, com muita pancadaria e, curiosamente, muito sangue. Nanobreaker acontece em uma ilha isolada da civilização, onde eram realizados testes com nanomáquinas instaladas no corpo das pessoas, a fim de testar novos métodos de cura. Um dia o computador da ilha toma consciência e começa a matar as pessoas da ilha, transformando-as em soldados robóticos. Para impedir que o computador estenda sua invasão para fora da ilha o governo manda o soldado cyborg Jake Warren, que possui um passado misterioso que é desvendado ao longo do jogo. Armado com uma espada de plasma Jake deve combater a invasão das nanomáquinas, ao mesmo tempo em que seu passado vai confrontá-lo no decorrer desta jornada.

Derrotando máquinas.



Iga realmente não gosta de muito papo em seus títulos, e com Nanobreaker não é diferente. Logo após as cenas de introdução o game se inicia de cara com o seu prato principal: os combates! A principal arma de Jake será uma espada de plasma que pode se alongar, bem parecido com o chicote da família Belmont, no entanto, aqui está função serve apenas para trazer os inimigos para perto de Jake ou arrastar caixas que bloqueiam o caminho. Como em todo bom Hack in Slash em Nanobreaker o mocinho conta com uma variedade de combos para destruir seus oponentes de ferro. Além de acumular pontos de experiência para novos golpes Jake deve coletar chips numerados por níveis, que destravam novas sequências. Graças a isso é possível mapear as sequências no controle, por exemplo, um só combo pode ser feito de dois modos diferentes, dependendo de como o chip for ativado na tela de golpes, tudo depende da preferência do jogador. Mesmo com essa facilidade Nanobreaker ainda é daqueles títulos que privilegia jogadores mais habilidosos e pacientes, já que combos mais poderosos pedem mais treinos. Há habilidades especiais, como deixar Jake mais poderoso por alguns segundos ou explodir tudo ao seu redor com bombas de plasma. Os combates são muito bons, mas cansam devido ao exagero com que se apresentam. Para começar os inimigos aparecem constantemente, até mais constante do que seria aceitável. Outro ponto negativo está na barra de energia exagerada cada inimigo possui, mesmo os oponentes mais fracos parecem ter uma alta resistência aos ataques de Jake. Isso resulta em combates demorados demais. Não é preciso dizer o tão cansativo que isto fica mais pra metade do jogo. Os chefes por outro lado são empolgantes, há um bom número deles para se enfrentar e todos com maneiras criativas de serem derrotados.


Os combates arrastados nem chegam a ser o maior ponto negativo de Nanobreaker, mas sim a sua coerência. O game é extremamente violento, mas sem motivo algum! Segundo a explicação do próprio enredo as máquinas são resultados de experiências em que nanomáquinas foram implantadas no organismo de seres humanos, usando-os pra se desenvolver e tendo seu sangue em convertido em petróleo. Em outras palavras, cada vez que você golpeia um robô uma quantidade absurda de “petróleo vermelho” jorra delas. Sabemos bem a intenção disso, e o resultado é combates dramaticamente sangrentos. Logo você percebe que o cenário é enfeitado por litros e litros de sangue de robô. Uma violência que poderia ter sido mais equilibrada, mas ficou totalmente desnecessária, em vez de chocar acaba destruindo totalmente a coerência do jogo. Fora os combates, Nanobreaker também vive de momentos de exploração que quebram a rotina de esquartejar máquinas. Há momentos de plataforma, mas estas também apresentam falhas. O pulo de Jake é muito baixo e o comando costuma falhar com frequência. Mais para frente você adquire um pulo duplo, mas isso não soluciona as falhas constantes no botão. Como é de praxe também há problemas graves com as câmeras, que ficam próximas demais de Jake e sempre parecem está pegando uma tomada de cima do protagonista, resultando em incômodos constantes, tanto nas lutas quanto nos momentos de plataforma.

Visual cinza.

A parte gráfica de Nanobreaker não é ruim, mas faltou um melhor acabamento. Os cenários trazem boas idéias, com ruas abandonadas e destruídas, esgotos e laboratórios. Mas a simplicidade bota tudo a perder, parece que não há vida nos cenários, faltaram mais detalhes para convencer de que uma matança horrível aconteceu ali. As cores são frias e apelam para tons cinzas, o que acaba sendo algo a favor para a ambientação. Os litros de sangue até ajudam a camuflar um pouco da simplicidade gráfica, mas é insuficiente para fazer o jogador ignorar tudo. O game abusa de um efeito de luz complexo que sai da espada de Jake durante as lutas, o efeito é satisfatório e gera impacto nos combates. O design dos inimigos é aceitável, há uma boa variedade de robôs para destruir e todos são bem modelados. Jake também está bem detalhado, mas é curioso ver que mesmo depois de litros e litros de sangue derramado sua armadura continua impecavelmente branca. Um ponto bastante incomodo está nas cenas não interativas. Elas apresentam boa qualidade, mas as expressões faciais muitas vezes não condizem com o sentimento do personagem; como na cena em que a cientista encontra Jake pela primeira vez. Parece que ela está impressionada e aliviada por vê-lo, quando na verdade está amedrontada e quer ficar longe dele. Situações assim também se refletem na dublagem de diálogos, que deixam a desejar. A parte sonora é aceitável, a trilha sonora chega a ser interessante, mas a Konami já esteve mais inspirada em outras produções. O mesmo pode ser dito dos efeitos sonoros, que mesmo causando o impacto necessário para a trama não apresentam nada de grandioso.
Nanobreaker tinha a promessa de ser um grande game de ação, não que seja ruim, mas faltou aparar algumas pontas para que o resultado fosse aquele que a Konami esperava. Os combates chegam a cansar às vezes, mas em geral conseguem causar empolgação. O grande problema está mesmo na falta de coerência e na tentativa de encaixar sangue em um jogo que não apresenta motivo algum pra ter efeitos tão grotescos. Basicamente o game consiste em explorar a ilha, derrotando inimigos e indo a pontos determinados ao longo do enredo, sem puzzles, a exploração diverte e por vezes é fácil se perder no caminho. A história também é interessante e se desenvolve de forma aceitável, com personagens que conseguem ser minimamente carismáticos. Com um acabamento mais aprimorado não há duvidas de que Nanobreaker teria sido um exclusivo de peso na jogoteca do Playstation 2, mas infelizmente acabou sendo mais um na lista. Ao fim, é um game que dividiu opiniões, jogue por conta e risco e descubra.
NOTAS FINAIS:
- Gráficos: 8.0
- Audio: 8.5
- Jogabilidade: 9.0
- Enredo: 9.0
- Diversão: 7.5

Aprovado:
- Enredo interessante.
- Os controles respondem bem na hora dos combates.
- Boa variedade de golpes.
- Exploração satisfatória.

Reprovado:
- Os combates são exagerados e ficam chatos após algum tempo.
- Os momentos de plataforma são irritantes graças às falhas constantes no comando de pulo.
- O jogo apresenta um nível de violência que não cabe no contexto do jogo. Sua coerência é deixada de lado.
- Câmeras péssimas.
- A parte técnica poderia ter sido mais aproveitada.

6 comentários:

  1. Ta aí um jogo que não gostei, mas a análise foi muto bem feita e justa.
    VLW

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  2. o jogo parece ser bom mais nunca joguei

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  3. Nossa nao sei como o Vinicios nao gostou eu venho de uma series de jogos no mundo inteiro, dues do ps1 ate o ps3 o xbox nem se fala e este foi um dos melhores jogos do genero q joguei alem disso os personagens tem um papel inespricavel mente reunidos em um so personagem assim o erodito Jake q assim e chamado ...Como o Vinicios ja falou análise foi muto bem feita......Adorei o game e tenho apnas adjetivos a falar mas como meu tempo e curt nao direi mais nada ....

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  4. Nanobreaker e muito melhor que todos os Devil My Cry¥

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  5. Eu gostei e não achei que" os combates são exagerados e ficam chatos após algum tempo" mesmo porque a variação de combos é excelente para um jogo que não era aguardado como melhor do ano é legalzin to na espera espera de uma possivel sequência corrigindo as falhas do primeiro, sua analise é ótima fera continue assim.

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