24 de abr. de 2011

A HISTÓRIA DO PLAYSTATION 1 PARTE 3: O LEGADO

Chegamos ao final da matéria sobre a história do Playstation 1 com a terceira e última parte, domingo e quinta-feira passados eu postei respectivamente a primeira e segunda parte que falavam sobre a origem e a ascensão do console, sua revolução e a batalha contra as concorrentes Sega e Nintendo que o levou a sua liderança na indústria de games. Agora, a terceira parte irá mostrar o legado que o Playstation deixou para a indústria de games, resultando em consequências que mudaram para sempre a ''cara'' dos jogos eletrônicos e o mercado de consoles.




PARTE 3: O LEGADO


Com o fim da Segunda Grande Guerra dos consoles e a vitória da Sony sobre as até então líderes Sega e Nintendo, ela passou a desencadear profundas transformações no mercado mundial de games. O grande avanço tecnológico trazido pelo PS1 e a apresentação luxuosa de seus grandes hits tiveram duas importantes consequências. Em primeiro lugar, tornaram a produção de jogos para consoles mais parecidas com a de jogos para PC. Criar jogos para NES, SNES ou Mega Drive era uma atividade bastante especializada, na qual era preciso fazer o melhor possível com CPU e memória limitada, além de calcular bem o uso de espaço nos pequenos cartuchos. Por outro lado, a criação de jogos para PC sempre foi mais aberta, dando mais espaço a liberdade criativa e ao uso generoso dos recursos do sistema. Exemplos disso são jogos como Myst, tecnicamente bastante simples, mas com enorme mérito artístico. Jogos assim só eram possíveis no PC, mas se tornaram viáveis também num console doméstico, o PS1. Isso atraiu dezenas de novos desenvolvedores de jogos para o mercado de consoles e ocasionou a migração de desenvolvedores norte-americanos e europeus para o PS1.
Final Fantasy 7, Metal Gear Solid e Resident Evil: jogos que mudaram para sempre a indústria de games, graças a liberdade e revolução tecnológica do Playstation.


A outra consequência tem a ver com a natureza da Sony como empresa. A Nintendo desenvolveu uma forte personalidade para seus consoles, jogos e mascotes, como Mario e Pokémon. Eram consoles e jogos feitos para crianças e adolescentes, mas que a família inteira poderia curtir. Essa identidade limitava um pouco as opções das outras empresas que produziam jogos, obrigadas a se policiar quanto á violência e a conteúdos adultos. A Sony sempre foi uma fabricante de produtos eletrônicos. No lugar de artistas, como na Nintendo, ela tem engenheiros. Portanto, não forçava uma identidade para o Playstation, exceto a de que ele era o ''console obrigatório'', por sua tecnologia, pelo apoio das softhouses e pela grande variedade de jogos que oferecia. As empresas se sentiram livres para criar jogos mais sérios e sofisticados, como Metal Gear Solid, Gran Turismo e Parasite Eve, que destoavam do estilo que a Nintendo impunha. Sendo assim, a geração de adultos que cresceu jogando Atari, NES e SNES sentiu-se novamente atraída pelos videogames, que já não eram mais ''apenas coisa de criança''. O maior mérito da Sony e do Playstation talvez seja este: os videogames passaram, finalmente, a ser aceitos como uma forma legítima de diversão para todas as idades e também como uma forma de expressão da arte, assim como o cinema.


A partir daí, com a entrada em massa de jogadores adultos no mercado, mais aqueles que já cresceram acostumados aos games, a idade média dos jogadores subiu sensivelmente, sendo hoje de 28 anos nos EUA.

Um comentário:

  1. Quando lançaram o FF-7 para o psone eu quase fico louco de tanta alegria,muito bom relembrar os velhos tempos. e parabéns pelo post!!!

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