5 de jun. de 2011

ANÁLISE: CALL OF DUTY FINEST HOUR


Desenvolvedora: Spark Unlimited









Distribuidora: Activision Blizzard
Lançamento: 16 de novembro de 2004
Modos de jogo: Single Player e Multiplayer online
Classificação: TEEN





A série Call of Duty veio ao mundo em 2003 para PC pela Infinity Ward, tornando-se um sucesso instantâneo de crítica e público, se tornando um dos melhores games daquele ano. O FPS, ambientado na Segunda Guerra Mundial, apresentava um estilo de narrativa e ritmo de ação nunca antes visto em nenhum outro título do gênero, com a guerra sendo apresentada pelo ponto de vista dos exércitos americano, britânico e russo e com uma grande quantidade de soldados e veículos bélicos povoando os campos de batalha, além de muitas explosões e balas voando para todos os lados . Devido a sua revolução e qualidade, o game acabou sendo comparado a outra grande série mais antiga do gênero, Medal of Honor. Não demorou muito para o sucesso de Call of Duty fazer com que as produtoras sentissem a necessidade de lançar versões para consoles, dessa vez pelas mãos da desenvolvedora Spark. Call of Duty Finest Hour não seria uma simples conversão da versão de Pc para o PS2, Xbox e Game Cube, ele seria um game totalmente novo, funcionando como o primeiro episódio da estréia da série nos consoles. Embora o título não tenha alcançado a grandiosidade comparado com o Call of Duty do PC, o game conseguiu transportar todo o ritmo de guerra e estilo de narrativa , apresentando um ritmo de ação frenético nunca antes visto em nenhum FPS do PS2 até o momento, além da possibilidade de controlar soldados de nações diferentes nos mais variados locais e cenários da guerra, tornando-se um dos melhores títulos do gênero no console.












BEM-VINDO A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Call of Duty Finest Hour é um FPS diferente de qualquer outro título ambientado na Segunda Guerra lançado para o PS2 até aquela época. Diferente dos jogos da série Medal of Honor, em que o jogador participava de missões solitárias longe dos grandes campos de batalhas, como infiltração, sabotagem, resgate e um único soldado enfrentando exércitos de nazistas, em Call of Duty Finest Hour tudo é diferente. A maioria das missões se passa em campos de batalha e locais arrazados pela guerra, com o jogador lutando lado-a-lado com seus companheiros, além de possuir um ritmo de ação frenético, com explosões, veículos bélicos, aviões cruzando o céu e diversos soldados povoando a tela do game. Algumas missões se passam em locais mais fechados, mas mesmo assim a ação não para, com tiroteios intensos que não dão sossego ao jogador. Um bom exemplo está na fase em que se controla uma franco atiradora que tem de dar conta de uma grande quantidade de soldados nazistas que a todo custo tentam destruir o hangar onde ela e seus companheiros estão alojados tentando concertar um tanque de guerra para sairem do local. Trata-se de uma das fases de Sniper mais tensas dos FPSs. Seja aonde for, em campos de batalha ou locais mais fechados, o ritmo de ação de Call of Duty Finest Hour sempre se mostra tenso e constante.











NA GUERRA VOCÊ NÃO LUTA SOZINHO

Em Call of Duty Finest Hour, assim como nos demais títulos da série, você não luta sozinho. Sempre ao seu lado você terá um grupo de soldados para lhe ajudar nos combates, mas não é possível comanda-los, embora na maioria das vezes você jogue na pele de um sargento, sendo que o único controle que se tem sobre eles está no fato de só avançarem se você avançar, além da possibilidade de você abrir portas. Em certas missões, a quantidade de aliados aumenta conforme você vai encontrando-os ao longo das fases. Graças a I.A deste jogo, (que foi desenvolvida com base em informações da 2° Guerra fornecidas por veteranos e conselheiros militares) os membros do teu esquadrão atuam como uma unidade militar profissional, proporcionando fogo de cobertura, mas também lhe ajudando a cumprir as missões. Embora não estejam à mão em todas as ocasiões, fazem tudo o que podem para lhe proteger sempre que possível. As vezes acontece de um deles ficar na sua frente, atrapalhando você de atirar ou bloqueando seu caminho, mas nada tão preocupante. Um detalhe interessante é que se você apontar sua arma para qualquer soldado aliado, será possível ver seu nome e a designação de seu posto, ou seja, cada soldado no game possui uma identidade, o que aumenta muito a imersão e a aproximação emocional com seus camaradas de guerra -eles não são bonecos sem nome que estão ali só para te ajudar. A I.A dos inimigos é boa, se movimentando enquanto atiram, procurando cobertura e jogando granadas quando você está em um lugar protegido.





A GUERRA SOB TRÊS PONTOS DE VISTA

Call of Duty Finest Hour é dividido em três campanhas, onde iremos controlar três exércitos distintos, o americano, o russo e o inglês, sendo que o jogador irá entrar na pele de seis personagens ao longo do jogo. Sempre que é apresentado a um novo personagem, este narra antes do início da missão sobre seu passado, família e os motivos que o levaram á guerra. Um dos personagens de destaque no game é a Sniper-furtiva russa Tanya Pavelovna, uma versão feminina de Vasili Zaitsev, um dos maiores franco atiradores soviéticos da Batalha de Stalingrado. Assim como na maioria dos títulos do gênero, em Finest Hour existe os típicos filmes antigos da Segunda Guerra, que serve como introdução antes do início de cada campanha. Apresentar a Segunda Guerra sob a visão de três exércitos diferentes vai além e mostra detalhes pouco vistos em games e filmes sobre o gênero: em Finest Hour iremos assumir o controle do pouco conhecido exército de afro-americanos do 761° Batalhão Blindado, o chamado ''Black Phanter'' ( escolhidos pessoalmente pelo General Patton, para se unirem a ele na frente europeia), praticamente passado despercebido por diretores e desenvolvedores de filmes e jogos sobre a Segunda Guerra. Como o game se passa sob a visão de três diferentes exércitos, as localidades são bem diferentes entre si que vão desde a Europa arrasada até o calor escaldante da África. O roteiro revela algumas rápidas surpresas e um andamento bem empolgante que prende o jogador para saber o que irá acontecer a seguir na história.







ARMAMENTO BÉLICO

É possível carregar apenas duas armas de cada vez, além de dois tipos de granadas. As armas de Call of Duty Finest Hour são bem variadas como metralhadoras, espingardas, Sniper rifles, basucas, granadas de mão e até algumas pouco vistas em outros jogos do gênero como as metralhadoras Hotchkiss M1922 usada pelos ingleses e a Degtyaryov usada pelos soviéticos, cujos pentes de carregamento se posicionam em suas partes superiores. Em relação ao sistema de mira, o seu personagem perde velocidade quando ativa a mira das próprias armas, levantando-a à altura dos olhos, ao invés do típico zoom da maioria dos FPSs. Em contrapartida, há possibilidade de se agachar e até mesmo rastejar. O jogador também irá utilizar tanques de guerra em diversas fases, que vão desde missões de invasão a bases e cidades á incríveis batalhas de grupos de tanques do seu exército contra os do exército alemão. O sistema de cura é o típico do gênero, ou seja, o personagem se cura através de Kits médicos encontrados pelo cenário.




A GUERRA COMO ELA É...

Call of Duty é um game épico! O envolvimento histórico aqui é o mesmo de God of War, ou seja, provavelmente você irá se interessar pela história da Segunda Guerra assim como por filmes do gênero e por que não, por outros jogos ambientados nessa guerra. O game se mostra épico desde o começo, com o jogador desenbarcando na incrível batalha de Stalingrado, onde vários soldados preenchem a tela, chuvas de balas e explosões estão por toda a parte e aviões cruzam o céu disparando contra barcos e navios, tudo isso com seu personagem sendo guiado por seu superior e sem nenhuma arma em mãos, o que dá uma incrível sensação de fragilidade perante tudo aquilo. Sempre quando uma granada ou bomba explodir perto de você, a ação ficará em câmera lenta e o som é abafado, lembrando o filme ''O Resgate do Soldado Ryan''. O som reproduz muito bem a barulheira de uma guerra, principalmente nas fases onde a ação é intensa, com o barulho ensurdecedor de explosões, rajadas de balas, tanques de guerra, aviões e outros armamentos bélicos. A parte vocal é muito útil , pois permite que o jogador distingua claramente de onde vem o ataque inimigo, principalmente em momentos de pouca visibilidade. A trilha sonora é competente e preenche todo o clima de uma guerra. O jogo também apresenta uma boa qualidade gráfica, principalmente quanto ao detalhamento dos elementos do cenário. Mas, mesmo assim, os sons e gráficos não se destacam muito entre outros jogos do gênero, nem entre os outros títulos da série. O sistema de física Havok foi muito bem aproveitado para reproduzir construções e partes do cenário sendo destruídas, mesmo que sejam eventos scriptados.


O game possui 19 fases (uma delas possuindo um segredo escondido) divididas em três campanhas, que ainda conta com extras como Making og, Artwork, galeria de fotos e cheats que são desbloqueados conforme a progressão, isso sem falar de cenas dos bastidores e entrevistas que são exibidas durante os créditos no final do game.



Call of Duty Finest Hour é um melhores FPSs do ps2, embora não tenha alcançado a altura do primeiro game da série para PC, ele conseguiu transportar toda a ação, estilo de narrativa e o clima da Segunda Guerra presente no título, apresentando um nível de ação intenso nunca visto em nenhum título do gênero lançado antes e em muitos títulos lançados depois dele. Um FPS que não pode faltar na coleção dos amantes de FPS do PS2. Épico!



Gráficos:8.0
Som:9.0
Jogabilidade:9.0
Replay:7.5
Nota final:8.0

5 comentários:

  1. Pedi essa analíse a alguns dias atrás e muito obrigado por terem feito ela
    CoD é um jogo incrível em quase todos os aspectos, onde você vive muitas situações diferentes
    Já comprei CoD 3 para PS2 e simplesmente achei incrível, Finest hour não me cativou muito pelos gráficos, que na época eram bons comparado a muitos outros jogos... Ainda assim terei ele na minha coleção
    Bela analíse :)
    -Pedro

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  2. esse é o poblema da maioria das pessoas, elas olhão os gráficos não gostam e acham que o jogo e ruim.

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  3. PS2 IS THE BEST VIDEOGAME OF ALL TIMES PS2 FOR EVER...

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  4. @Anônimo acima do anônimo
    Eu olho a jogabilidade comparando aos gráficos, adoro jogar San Andreas por causa de sua enorme e fácil jogabilidade que te da horas de entreterimento e diversão, mas muitos outros jogos com gráficos e movimentos ruins não chama a atenção em si por sua jogabilidade estranha, onde você não identifica e não consegue ter aquilo que queria durante o tempo de jogo
    Não sei se alguém me entende, mas gráficos afetam muito na jogabilidade
    -Pedro

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  5. Eu te entendi Pedro!
    Posso compreender que os quesitos graficos compartilham sim uma parte de sua jogabilidade, afinal, estamos olhando pra tela quando o personagem se move e partir disso tiramos conclusões quase que de modo inconsciente. É normal. Te dou como exexmplo: Essa semana investi, o que estava querendo a tempo, uma bateria pro guitar hero, comprada até neste site

    http://www.megamamute.com.br/ch/cat/985/playstation-2.aspx

    E partindo destas conclusões se o grafico não é envolvente, a vontade de jogar nao é a mesma.
    Vejo que quanto mais avançamos, mais o gráfico está sendo primordial. Entretendo, vejo que muitas empresas de jogos estão se baseando APENAS nisso, e assim sendo o problema :/

    Abraço

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